O unigênito Filho de Deus, querendo fazer-nos participantes da sua divindade, assumiu nossa natureza para que, feito homem, dos homens fizesse deuses. Seu corpo, Ele o ofereceu a Deus Pai como sacrifício de reconciliação; seu sangue o derramou ao mesmo tempo como resgate e purificação dos nossos pecados.
É com alegria que a Igreja experimenta a realização desta promessa: “Eu estarei sempre convosco, até o fim do mundo”. (Mt 28,20). E por isso, vive da Eucaristia, pois nela está contida todo tesouro espiritual da ECCLESIA, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa, o Pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo.
A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço do céu que se abre sobre a terra; por isso, Santo Inácio de Antioquia a define como: “remédio de imortalidade”.
Verdadeiramente a Eucaristia é Mysterium fedei, mistério que supera os nossos pensamentos e só pode ser aceita pela fé. Exorta são Cirilo de Jerusalém – “Não hás de ver o Pão e o Vinho simplesmente como alimentos naturais, porque o Senhor disse expressadamente que são o seu Corpo e o seu Sangue; a fé assegura-te, ainda que os sentidos possam sugerir-te outra coisa”. São Tomás de Aquino no seu cântico ‘Adoro te devote’ continuamente expressava: “Diante deste mistério de amor, a razão humana experimenta toda sua limitação”.
A Eucaristia é um raio de glória da Jerusalém celeste que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho.
Enfim, como Pedro no fim do discurso eucarístico, segundo o Evangelho de João, queremos repetir a Cristo nesta solenidade tão especial, juntamente com toda Igreja: “Senhor, para quem haveremos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna”. (Jo 6,68).
Seminarista Luiz Carlos
Comunidade Obra de Maria
Palmas / TO
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