Estavam no meio da mata, um mineiro e seu parente da cidade grande. De repente, surge um terrível e feroz leão rugindo na frente dos dois. Um olhou para o outro. Imaginem o que devem ter pensado. O mineirinho, sossegado, se assentou num toco de árvore, retirou a pesada bota que estava usando e colocou um tênis muito mais leve e macio. O parente da cidade começou a rir e a caçoar do coitado do mineirinho:
– "Deixa de ser bobo, primo. Você acha que com este tênis vai correr mais do que um leão?"
O mineirinho, já se levantando, respondeu:
– "Eu não estou pensando em correr mais do que o leão. Eu só preciso correr mais rápido do que você!"
O "tênis" que nos faz correr mais rápido é o perdão. Paulo nos ensina: “não deis entrada ao demônio. Ele é como um leão que está rugindo e nos ameaçando."
De pé
Irritado com seus alunos, o professor lançou um desafio:
– "Todo aquele que se julgar burro faça o favor de ficar de pé."
Toda a sala permaneceu sentada. Alguns minutos depois, Genésio se levantou. O professor, espantado, questionou:
– "Quer dizer que você assume que é um grande burro, Genésio?"
– "Bem, para dizer a verdade, professor, não me acho um burro, não. Mas fiquei com pena de ver o senhor aí, de pé, sozinho..."
A língua e os dentes
O abade de um mosteiro estava à beira da morte. Um de seus monges, que lhe tinha grande devoção, sentado à beira de seu leito, questionava o mestre:
– "Não teria o senhor algum segredo de santidade e vida para me ensinar?"
O abade, então, com dificuldade e sua costumeira sinceridade, abriu a boca e ordenou que o jovem monge olhasse lá dentro. O monge achou que o abade estava variando. “Coitado”, pensou, “deve estar surdo ou não compreende mais o sentido das palavras”.
Então, repetiu, falando alto e próximo ao ouvido do mestre:
– "Eu disse se o senhor não tem nenhum segredo de santidade e vida para me ensinar?"
– "Então, filho – respondeu o agonizante –, estou lhe pedindo para que olhe dentro de minha boca" – e abriu o bocão para o pobre monge.
– "O que você está vendo aí dentro, meu filho?"
– "Não vejo nada, mestre!"
– "Tem certeza, filho?"
– "Olhe com mais atenção, filho. Você não está vendo minha língua?"
– "Ah, sim, vejo sua língua..."
– "E o que mais?"
– "Não vejo mais nada."
– "Tem certeza? E os meus dentes, você consegue vê-los?"
“Coitado!”, pensou o monge..., “está mesmo delirando.”
– "Mestre, já faz muitos anos que o senhor não tem mais dentes..."
– "Então, filho, preste atenção neste ensinamento: a língua é feita de carne e músculos, aliás músculos muito frágeis. Os dentes são estruturas mineralizadas, muito fortes, mas se acabam e caem primeiro, porque são duros. A língua é mole e flexível. Ela aprende a se adaptar... mas é firme naquilo de que necessita. Assim também, meu filho, a pessoa que tem o coração duro, diante dos problemas da vida, é a primeira a cair. Aprenda a ser flexível diante de Deus. Ele quer lhe dar um coração de carne, e não um coração de pedra, mineralizado como os dentes..."
– "Não teria o senhor algum segredo de santidade e vida para me ensinar?"
O abade, então, com dificuldade e sua costumeira sinceridade, abriu a boca e ordenou que o jovem monge olhasse lá dentro. O monge achou que o abade estava variando. “Coitado”, pensou, “deve estar surdo ou não compreende mais o sentido das palavras”.
Então, repetiu, falando alto e próximo ao ouvido do mestre:
– "Eu disse se o senhor não tem nenhum segredo de santidade e vida para me ensinar?"
– "Então, filho – respondeu o agonizante –, estou lhe pedindo para que olhe dentro de minha boca" – e abriu o bocão para o pobre monge.
– "O que você está vendo aí dentro, meu filho?"
– "Não vejo nada, mestre!"
– "Tem certeza, filho?"
– "Olhe com mais atenção, filho. Você não está vendo minha língua?"
– "Ah, sim, vejo sua língua..."
– "E o que mais?"
– "Não vejo mais nada."
– "Tem certeza? E os meus dentes, você consegue vê-los?"
“Coitado!”, pensou o monge..., “está mesmo delirando.”
– "Mestre, já faz muitos anos que o senhor não tem mais dentes..."
– "Então, filho, preste atenção neste ensinamento: a língua é feita de carne e músculos, aliás músculos muito frágeis. Os dentes são estruturas mineralizadas, muito fortes, mas se acabam e caem primeiro, porque são duros. A língua é mole e flexível. Ela aprende a se adaptar... mas é firme naquilo de que necessita. Assim também, meu filho, a pessoa que tem o coração duro, diante dos problemas da vida, é a primeira a cair. Aprenda a ser flexível diante de Deus. Ele quer lhe dar um coração de carne, e não um coração de pedra, mineralizado como os dentes..."
Pe. Leo, SCJ
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