O Vaticano publicou nesta segunda-feira, 9, a Constituição Apostólica Anglicanorum coetibus, que apresenta as normas para o regresso dos grupos anglicanos à Igreja Católica, assim que os mesmos o solicitem.
O documento havia sido anunciado no dia 20 de outubro pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal William Levada. Na ocasião, ele destacou os “numerosos pedidos” de grupos de clérigos e fiéis anglicanos que desejam “entrar em comunhão plena e visível” com Roma.
A Constituição Apostólica introduz uma estrutura canônica que possibilita uma “reunião corporativa”, estabelecendo ordinariatos pessoais. Sendo assim, os fiéis anglicanos poderão entrar na Igreja Católica e preservar os elementos específicos de sua liturgia e espiritualidade.
Sacerdotes
Este modelo prevê que os sacerdotes anglicanos já casados poderão tornar-se sacerdotes católicos, enquanto os bispos não deverão ser casados.
O documento cita a Encíclica Sacerdotalis Caelibatus, de Paulo VI (1967), em que se admitia “o estudo das condições peculiares de sacerdotes casados, membros de Igrejas ou comunidades cristãs ainda separadas da comunhão católica, os quais desejando aderir à plenitude desta comunhão e nela exercer o sagrado ministério, forem admitidos às funções sacerdotais”.
Isso não significa uma mudança na disciplina da Igreja Católica quanto ao “celibato” dos padres. O Papa Bento XVI afirma que a regra será a admissão de “celibatários” como padres, no futuro, embora admita que se possa solicitar a admissão de homens casados, verificando “caso por caso”.
O entendimento foi conseguido de comum acordo com a Comunhão Anglicana e trata-se de um desenvolvimento do caminho ecumênico que a Igreja Católica está decididamente intencionada a prosseguir na estrada traçada pelo Concilio Vaticano II.
Quanto aos seminaristas, serão formados “juntamente” com os da Diocese, especialmente nas áreas doutrinais e pastorais, mas prevê que os futuros padres dos ordinariatos pessoais agora criados tenham uma formação no “patrimônio anglicano”.
Diálogo ecumênico
A Congregação para a Doutrina da Fé publicou um conjunto de normas complementares, que irão guiar a implementação desta Constituição. Para o Vaticano, este documento de Bento XVI abre “uma nova avenida para a promoção da unidade dos cristãos”, assegurando, ao mesmo tempo, a “legítima diversidade” na expressão da fé comum.
É sublinhado que não se trata de uma iniciativa da Santa Sé, mas de um “resposta generosa do Santo Padre às legítimas aspirações destes grupos anglicanos”.
Fonte: CN Notícias
O documento havia sido anunciado no dia 20 de outubro pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal William Levada. Na ocasião, ele destacou os “numerosos pedidos” de grupos de clérigos e fiéis anglicanos que desejam “entrar em comunhão plena e visível” com Roma.
A Constituição Apostólica introduz uma estrutura canônica que possibilita uma “reunião corporativa”, estabelecendo ordinariatos pessoais. Sendo assim, os fiéis anglicanos poderão entrar na Igreja Católica e preservar os elementos específicos de sua liturgia e espiritualidade.
Sacerdotes
Este modelo prevê que os sacerdotes anglicanos já casados poderão tornar-se sacerdotes católicos, enquanto os bispos não deverão ser casados.
O documento cita a Encíclica Sacerdotalis Caelibatus, de Paulo VI (1967), em que se admitia “o estudo das condições peculiares de sacerdotes casados, membros de Igrejas ou comunidades cristãs ainda separadas da comunhão católica, os quais desejando aderir à plenitude desta comunhão e nela exercer o sagrado ministério, forem admitidos às funções sacerdotais”.
Isso não significa uma mudança na disciplina da Igreja Católica quanto ao “celibato” dos padres. O Papa Bento XVI afirma que a regra será a admissão de “celibatários” como padres, no futuro, embora admita que se possa solicitar a admissão de homens casados, verificando “caso por caso”.
O entendimento foi conseguido de comum acordo com a Comunhão Anglicana e trata-se de um desenvolvimento do caminho ecumênico que a Igreja Católica está decididamente intencionada a prosseguir na estrada traçada pelo Concilio Vaticano II.
Quanto aos seminaristas, serão formados “juntamente” com os da Diocese, especialmente nas áreas doutrinais e pastorais, mas prevê que os futuros padres dos ordinariatos pessoais agora criados tenham uma formação no “patrimônio anglicano”.
Diálogo ecumênico
A Congregação para a Doutrina da Fé publicou um conjunto de normas complementares, que irão guiar a implementação desta Constituição. Para o Vaticano, este documento de Bento XVI abre “uma nova avenida para a promoção da unidade dos cristãos”, assegurando, ao mesmo tempo, a “legítima diversidade” na expressão da fé comum.
É sublinhado que não se trata de uma iniciativa da Santa Sé, mas de um “resposta generosa do Santo Padre às legítimas aspirações destes grupos anglicanos”.
Fonte: CN Notícias
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