Quem de nós não ouviu, muitas vezes estoicamente, uma coleção de piadinhas sobre loiras burras? Qual internauta nunca recebeu e-mails sobre loiras, sobre burras que, antes de serem uma coisa e outra são mulheres?
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O que será que está escondido atrás de tudo isso? Insegurança dos homens? A idéia pouco arejada de que a mulher é sempre uma ameaça? Ignorância? Sede de popularidade? Vulgaridade? Mesquinhez? Falta de sensibilidade? Vingança? Inveja? Competição? Soberba? Falta de inteligência? Exceto por essa última, não sei, sinceramente! É tão espantoso que coisas como essas aconteçam, em especial no meio de pessoas consideradas educadas e razoavelmente esclarecidas, que uma explicação simplista não conseguiria abranger o fenômeno, a um tempo social, cultural, psicológico, mas, certamente, passível de uma responsabilização pessoal da parte de quem o propaga.
Jesus, em seu tempo, revolucionou o conceito que se tinha da mulher, sobre cujos ombros pesavam inúmeras restrições por impureza e sanções por adultério, ao ponto de não ser contada como gente nos levantamentos numéricos das multidões. O Senhor fez isso porque amou! Eis o segredo! O amor não discrimina, respeita e acolhe!
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Ah, o peso do preconceito! Que relação misteriosa consegue unir a cor dos cabelos e o nível de inteligência? Que ligação maliciosa existe entre a sexualidade e a maldade? Que engenho conseguiria perverter a figura da mãe carinhosa e apagá-la a tal ponto que as figuras da mãe e da mulher dissociem-se completamente? Que tipo de raciocínio chega à conclusão de que a mulher velha é feia? Que escravizante bitola afirma que é feia a gorda? Que associação mesquinha conclui que rugas não são belas? Quem inventou que alguém tem que ser belo para ser amado, invertendo a verdade de que se torna belo quem é amado? Que sofisma cruel diria que se é loira e é burra, logo é mulher e, se é mulher, logo é perigosa? Ah! A cegueira egoísta, mesquinha, marginalizante do preconceito! Preconceito contra o outro e – pior! – contra si mesmo!
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Falta-nos o amor! Falta-nos o amor! O mesmo homem que, quando menino, sangrou com um murro o nariz do colega que xingou sua mãe é o adulto de hoje que, não tendo encontrado o caminho do amor, desrespeita a mulher, merecendo – embora não receba – o mesmo tratamento que deu ao colega na infância.
Loira, burra, velha, enrugada, gorda, feia, pobre e, ainda por cima, mulher. Triste sina a de quem nascer assim no Brasil! Tirando a inteligência, que não conhecemos, e as rugas – esticadas, talvez, pelo plástico que a matou – tivemos, há pouco, uma maria-do-carmo morta, esquartejada e jogada em sacos plásticos para lixo. Não sabemos se era como lixo que se sentia, caso tivesse preconceito contra si mesma. [...].
Falta-nos o amor! O preconceito tem suas raízes no temor! E temor e amor se excluem, como diz São João, porque o amor é acolhida irrestrita, enquanto o temor é rejeição sem fundamento.
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O que será que está escondido atrás de tudo isso? Insegurança dos homens? A idéia pouco arejada de que a mulher é sempre uma ameaça? Ignorância? Sede de popularidade? Vulgaridade? Mesquinhez? Falta de sensibilidade? Vingança? Inveja? Competição? Soberba? Falta de inteligência? Exceto por essa última, não sei, sinceramente! É tão espantoso que coisas como essas aconteçam, em especial no meio de pessoas consideradas educadas e razoavelmente esclarecidas, que uma explicação simplista não conseguiria abranger o fenômeno, a um tempo social, cultural, psicológico, mas, certamente, passível de uma responsabilização pessoal da parte de quem o propaga.
Jesus, em seu tempo, revolucionou o conceito que se tinha da mulher, sobre cujos ombros pesavam inúmeras restrições por impureza e sanções por adultério, ao ponto de não ser contada como gente nos levantamentos numéricos das multidões. O Senhor fez isso porque amou! Eis o segredo! O amor não discrimina, respeita e acolhe!
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Ah, o peso do preconceito! Que relação misteriosa consegue unir a cor dos cabelos e o nível de inteligência? Que ligação maliciosa existe entre a sexualidade e a maldade? Que engenho conseguiria perverter a figura da mãe carinhosa e apagá-la a tal ponto que as figuras da mãe e da mulher dissociem-se completamente? Que tipo de raciocínio chega à conclusão de que a mulher velha é feia? Que escravizante bitola afirma que é feia a gorda? Que associação mesquinha conclui que rugas não são belas? Quem inventou que alguém tem que ser belo para ser amado, invertendo a verdade de que se torna belo quem é amado? Que sofisma cruel diria que se é loira e é burra, logo é mulher e, se é mulher, logo é perigosa? Ah! A cegueira egoísta, mesquinha, marginalizante do preconceito! Preconceito contra o outro e – pior! – contra si mesmo!
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Falta-nos o amor! Falta-nos o amor! O mesmo homem que, quando menino, sangrou com um murro o nariz do colega que xingou sua mãe é o adulto de hoje que, não tendo encontrado o caminho do amor, desrespeita a mulher, merecendo – embora não receba – o mesmo tratamento que deu ao colega na infância.
Loira, burra, velha, enrugada, gorda, feia, pobre e, ainda por cima, mulher. Triste sina a de quem nascer assim no Brasil! Tirando a inteligência, que não conhecemos, e as rugas – esticadas, talvez, pelo plástico que a matou – tivemos, há pouco, uma maria-do-carmo morta, esquartejada e jogada em sacos plásticos para lixo. Não sabemos se era como lixo que se sentia, caso tivesse preconceito contra si mesma. [...].
Falta-nos o amor! O preconceito tem suas raízes no temor! E temor e amor se excluem, como diz São João, porque o amor é acolhida irrestrita, enquanto o temor é rejeição sem fundamento.
Maria Emmir
Co-fundadora Comunidade Shalom / CE
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