O Brasil celebra hoje (12) a sua Padroeira, Nossa Senhora Aparecida. O maior templo mariano do mundo ficou pequeno para acolher a fé de tantos devotos da Mãe Aparecida.
Entre as comemorações em homenagem à Padroeira do Brasil, o ponto alto desta terça-feira foi a Missa Solene das 10h.
Cerca de 35 mil fiéis participaram da celebração presidida pelo Cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência da Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno Assis.
Concelebraram o bispo emérito de Rubiataba (GO), Dom José Carlos Oliveira, o bispo emérito de Prelazia de Coari (AM), Dom Joércio Gonçalves Pereira, o bispo emérito de Barretos (SP), Dom Pedro Fré, o bispo de Caraguatatuba (SP), Dom Antônio Carlos Altieri, o bispo de São José do Campos, Dom Moacyr Silva e o bispo de Frederico Westphalen (RS), Dom Antônio Carlos Rossi Keller, além do reitor do Santuário Nacional, padre Darci Nicioli, o administrador, padre Luiz Cláudio Alves de Macedo e diversos religiosos e Missionários Redentoristas.
Em sua homilia, Dom Raymundo Damasceno, que há 3 anos não preside a celebração solene, em virtude de estar a serviço do Santo Padre, o papa Bento XVI, saudou Immaculèe Ilibagiza, sobrevivente de um genocídio ocorrido em Ruanda, em 1994.
“Sua sobrevivência é obra da divina providência que preservou sua vida para que pudesse contar sua história e os horrores da guerra e lutar por um mundo mais justo, sem discriminação, sem ódio, sem violência, no qual todos possam viver como filhos de Deus e irmãos uns dos outros”, afirmou.
O Cardeal recordou o encontro da Imagem da Virgem de Aparecida nas águas no Rio Paraíba do Sul.
“Após lançarem a rede várias vezes, sem nenhum resultado, ao chegarem com sua canoas ao Porto de Itaguassu, um dos pescadores, João Alves, lançou novamente a rede e tirou das águas o corpo de uma imagem, sem cabeça. Lançando a rede mais abaixo, outra vez, retirou a cabeça da mesma imagem”, afirmou o Cardeal.
Dom Damasceno destacou que, desde outubro de 1894, os Missionários Redentoristas zelam pela Pastoral do maior Santuário mariano do mundo.
“Atualmente são mais de 10 milhões de devotos de Nossa Senhora Aparecida que visitam a Casa da Mãe Aparecida e com a Rede Aparecida de Comunicação, este Santuário, parafraseando o Papa João Paulo II, se converteu, não só para os romeiros, mas também, para o Brasil, em antena permanente da boa nova da salvação”, completou.
Sobre o evangelho, Dom Damasceno destacou o casamento em Caná da Galiléia e destacou, neste episódio, a presença da mãe de Jesus, do próprio Jesus e de seus discípulos.
O Cardeal explicou que este primeiro milagre de Jesus que se realizou, no inicio de sua vida pública, a pedido de Maria, é o anúncio simbólico da hora de Jesus, da manifestação da sua glória e os seus discípulos creram nele.
Senhora Aparecida, reflexo do Coração Materno de Deus – Fazendo referência ao tema geral da Novena e Festa da Padroeira deste ano, Cardeal Dom Damasceno afirmou que Maria é o reflexo humano do coração materno de Deus.
Segundo o Cardeal, os fiéis recorrem a Ela com tanta devoção, pois sentem intuitivamente este amor materno. Sabem que Maria compreende sua dor e seus desejos, entende suas limitações.
“Reconhecem em Maria a nossa irmã, que viveu como perfeita discípula de Jesus com esperança e coragem. Reverenciam a Senhora Aparecida como Mãe nossa, que reúne os filhos e filhas debaixo de seu imenso manto. Pois o povo costuma dizer: “em coração de mãe sempre cabe mais um filho”, disse.
Voltando-se para a Imagem de Nossa Senhora Aparecida, Dom Damasceno afirmou que pediu a intercessão da Virgem para que cuide de nosso amado e continental país, que foi confiado à sua proteção como Padroeira principal de nossa Nação Brasileira e de sua boa gente.
“Que a Senhora Aparecida faça crescer em todos nós a fé em Jesus, o compromisso de anunciá-Lo aos nossos irmãos, a consciência cidadã, a responsabilidade de cuidar também dos mais fracos e de proteger o meio ambiente”, concluiu.
Fotos: Imprensa/Santuário Nacional